O encontro
Quando o vento forte guia a minha vontade
Eu me sinto senhora de qualquer tempestade
Capaz de vencer todos os raios, relâmpagos e trovões
Impetuosamente arrasto tudo comigo
O que preciso e o que não preciso
E nesse vento forte potente eu não encontro Você.
Quando o terremoto comanda a minha voz
Eu sinto o poder supremo das ondas sonoras
E nada permanece intacto e inalterado.
Os alicerces mais sólidos são abalados
Através dos sons que deveriam ser abafados
E nesse terremoto prepotente eu não encontro Você
Quando o fogo chefia o meu coração
A beleza e a atração das chamas me iludem
Reina absoluta a emoção sobre a razão
Inexistindo o bom senso e a boa decisão
O verbo prazer passa por cima de toda proibição
E nesse fogo onipotente eu não encontro Você
Quando o murmúrio da brisa pede licença
Tocando suave cada célula do meu ser
Percebo que o vento forte, o terremoto e o fogo
São infinitamente pequenos diante da felicidade
Que o amor solidário distribui com simplicidade
E nesse murmúrio onipresente da brisa
Finalmente eu encontro Você