Jesus, o ano começa
E nem sei o que te peça!
Para o mundo,
Traz esperança!
Para esta humilde serva
A quem devolveste a vida
Há seis anos, que dei conta,
Que hei-de pedir, senhor,
Senão um pouco de amor
Pois é o meu alimento
Apesar de meu tormento?
Mas a vida, se vazia,
Leva-a, Senhor, de volta
Que a ninguém aproveita.
A ninguém mais faço falta
Sou apenas uma boca
E há tanta boca faminta!
Sou voz, talvez seja poema
Mas o verso vale a pena
Se ao outro servir de alerta.
Se o irmão que me ler
Algo de mim receber
Que o faça sentir melhor
Senão, para quê Senhor
Arrastar a pobre vida
Por esta estrada vazia
Que a pouco e pouco estreita?
Meu Deus, o ano começa,
Traz para todos bonança
A esta pobre poeta
Dá tão só o que mereça
Não ousa pedir-te nada!
1/1/2007