Ora sou de mim meu próprio amor
Escolho  meu  sonho do cimo
Sem tonteios ,devaneios ou torpor

O que a mim intentado foi imputar
Quis mi'a mão amputar

Sou a qu'em letra dança
Mulher  e criança
O bicho bravo de mim mesma
Cavo em mi'a letra mui peculiar esperança

Inda que fenecesse
Seria eu de mim a assassina
Mi'a própria presa
E de mi'a armadilha sairia ilesa


Quero em mi'a mão meu cabresto
A liberdade é pois meu maior apreço


Deixo atrás dos olhos imenso portão
E'ncostada às grades a dita ilusão

Sentada  me espera a outra metade de mim

Ouço um ruído
Um rangido abafado
Desatrelados os ferrolhos
Que remetem ao passado...
Sigo ,
E meu olho jamais será voltado

Deixo a ti meu gritante silêncio
Que ecoe pois, neste vale imenso...

Adah
Enviado por Adah em 12/11/2011
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