Fantoche
Minha alma esta na beira do meu corpo
Esta me atravessando
Esta me deixando candidamente louco
E pouco a pouco...
Vai se revelando
Surgindo de mim um outro
Talvez ela própria em chamas
Talvez ela me chamando
Ou gritando em meus tímpanos
Pela paz dos pântanos
Do meu interior se aguçando
Querendo mostrar o insano
E o dissabor de não ter corpo
Minha alma...
Então usa meu corpo
Meus dedos
Meu gozo
Infiltra se
Na minha mentalidade
Faz de mim
Um fantoche
Faz de mim
Um escravo recém liberto
Faz de mim
Tantas coisas...
Faz de mim
Inclusive um poeta
Revolucionário
Buscando o sereno e a calma
Querendo entender
Por que as portas estão abertas?
Querendo entender
Querendo entender
A própria alma...