Meio errado
E num ritmo meio antigo
Eu ando meio sem razão
Ando na base da confusão
Nas roupas, ideias, amigos
Eu ando num passo rápido
Não me importa épocas
Fui por tão poucas destas
Não paro, tudo está errado
Atitudes, jeito, português
Não amo mais ninguém
Acho que pirei de vez
E eu não jogo “Xadrez!”
Ando, ando, corro, vago
Erro mesmo, e daí, que tem?
Veja, eu só tenho dezesseis
Não me importo, eu posso
Eu ando, sonho um bocado
Não tenho destino nenhum
E também não posso ter futuro
Se o presente ficar de lado
Mas,
Pra que ser tão recente
Se vou acabar no passado?