À espera

Enquanto no arrebol da Humana Existência

Agoniza inerte a quase morta Alegria

A Dor gargalha feliz com sarcástica Ironia

Trazendo consigo sua irmã, a Demência.

No centro desta trágica encruzilhada

O Homem, perdido, ri e alucinado chora

Querendo fugir sem poder ir embora

Juntando os cacos de uma Alma despedaçada.

Mas não há por onde correr da Sorte

Pois a vida é uma colheita cotidiana

Cujas sementes são plantadas por cada ação humana.

Resta, portanto, rumar ao incerto Norte

E com os braços, como os de Cristo na cruz pregados

Esperar o perdão ou o castigo pelos pecados.

Cícero – 11-10-2011

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 02/11/2011
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