Sacrifícios...
A vida é feita de muitos sacrifícios
Tão dolorosos que nos tira d’alma
Traz-nos em gemido que de tanta dor
Faz-nos fracos que de tão tardios
Trata-nos sem calor no sentido, na calma...
Acabando com a esperança que no amor
Se constrói um palácio de ilusões futuras
Pairando num vazio de quem feriu um coração
Sacrificando a se próprio, perdendo a razão
Deixando-se moldar pela desculpa que agruras
Atacou, rompeu, feriu a emoção
Deixando-nos sem pensamentos, na solidão
O que nos resta então? Rasgar fora o coração?
Atirar certeiro, com a visão,
De que somente a razão impera?
E onde fica o sonho a ilusão,
A entrega do mais profundo ser
Da busca incessante e sincera
Do amor que nunca vem
Apegar-se somente ao que se tem?
Sim, o que temos é a única herança
Que podemos deixar como esperança
Para romper os laços da revolta
Que nos cerca, bate a porta
Quanto menos se espera...
Então, não deixemos a vida
Correr a sua própria sorte
Temos de ser firmes, temos de ser fortes...