A morte do equilíbrio

Há nas pessoas uma insensata vaguidão

Que as preenche de um nada profundo

Esvaziando-as da luz da razão

E enchendo-as de um escuro imundo.

Há quem da razão faça mercenária espada

E decepa de si o sentimento

Degolando a felicidade tão almejada

Por quem vive intenso cada momento.

Pior quem julga por seu próprio prisma

E condena ou absolve por conveniência

Sem ver adiante o precipício no qual se abisma.

Perde-se quem busca a utópica experiência

De igualar os pratos da balança num plano torto

Perde-se, pois o equilíbrio há muito está morto.

Cícero – 22-10-11

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 01/11/2011
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