Depois de Tudo

Sem mais a acrescentar, e a adquirir

O Homem acaba assim, como quis

Meio ao mundo, no final de tudo

Pensativo, incompleto, insatisfeito,

Logo faz o que sempre fez, e por vez

Acaba por acabar sem tentar, sem arriscar

A dor ainda é boa, é divina, machuca, faz ferida

O Homem acaba sem graça, sofrido, incompreendido

Arruma paixões mentirosas, esquece quem foi,

Natural ordem das coisas, no final são todos iguais

Um resto, sem muito uso, consumista, ignorante

Por mais que reflita, o presente lhe mostra

a imperfeição das atitudes, o caminho traçado

O Homem acaba, mas ainda vivo, como uma arvore

Parado, imóvel, pensativo,

Perplexo por reconhecer onde está, familiarizado

Triste por saber que tudo foi feito por ele mesmo...

Conquistou o que menos apreciava.

O holocausto dos pensamentos, a morte da vida

Por assim dizer... a solidão!.

(Danilo Henrique)

blog: http://pensamentosdovacuo.blogspot.com/