PELOS ARES
Que vão pelos ares,
as forças que me trazem a este infortunio
Que voem pelo vento a amargura desta noite sem paz,
Que me deixem em paz.
Que voem e vão... como papel picado,
E sem deixar lembranças... me façam sorrir.
Me deixam inquietam deste jeito... então vão...
Que vão pelos ares esta raiva maluca.
Que vão pelos ares a fome.
Que voem para onde desabita o mundo.
Que fiquem quietos os "ratos"...
Que fiquem sem ter nada a dizer...
Que voem...
Livre... leve... solto.
E eu...
que voe com a leveza da alma...
como um anjo sem asas...
como uma fada sem rumo...
e um desejo sem plano.
E que vão...
pelos ares... meus medos!