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Pronto! Já fiz meu escarcéu,
Já ergui o dedo acusadoramente para o céu...
Descarreguei tudo
O que me incomoda nesse ilusório mundo.
Disse tudo o que penso,
Com todos os acentos...
Estava precisando pôr pra fora,
Tudo o que me estrangula nessa roda
Insana,
Profana,
Cruel!
Poço fundo transbordando fel,
Indiscriminadamente,
Estupidamente,
Violentamente,
E, o mais grave, INJUSTAMENTE!

Agora estou calmo!
Cheio de escoriações pelo corpo,
Com mais algumas rugas no rosto...
Com uma costela quebrada,
Mas com a alma lavada,
Por ter me dirigido exatamente ao alvo.

Às vezes, é preciso mesmo gritar,
Apontar,
Desafiar,
Para poder continuar.
Não sou adepto da aceitação cega do destino,
Da obediência irracional ao divino.
Infelizmente, há a necessidade de se estar atento,
Ao tamanho do sofrimento,
Para estar seguro que ele lhe cabe,
Antes que a casa, completamente, desabe.

Sei que estamos todos interligados,
Que a ação de um, atinge o outro,
Independente do lugar ou do tempo.
Mas, francamente, há que se ter
Um pouco de cósmico bom senso,
Para tentar sobreviver,
Sem ser indevidamente arrastado
E sugado pouco a pouco...

A aceitação muda do excessivo sofrimento,
Para mim, é morte em vida.
Com o enredo celestial, não combina.
Acredito que da Criação emane alento,
Harmonia
E, acima de tudo, alegria.

O que quer que fuja desse conceito,
Expulso do peito.









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http://www.youtube.com/watch?v=uHnG_pBTOQI 


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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 29/10/2011
Código do texto: T3304500