PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO...

Pode ser, a partir de qualquer uma escolha
Ainda que uma flor ressecada num livro
Ou que seja no mesmo, esquecida uma folha...
Quando decidimos por essa ou aquela escolha
Estaremos discriminando algo ou alguém,
Mas até aí... Tudo bem...

Se repelirmos o novo e descartamos o velho...
Se preferirmos o belo em detrimento do feio...
Se nos encantarmos conosco num espelho,
Mas demonstrarmos desprezo ao alheio
Se isso é muito branco ou muito preto
Até aí... Tudo feito, embora feio...

Pra que um muro entre o rico e o pobre,
se mais importante é o sentimento nobre
a vigorar com respeito no pobre e no rico?
E não metermos o bedelho, nem o bico
nessas relações, poderá livrar do pior, eu digo...
Até então, quiçá, um dia, evitarmos o perigo!... 

Se o cabelo é curto ou se é muito comprido,
Se não gostarmos de um nome
Ou até de um apelido...
Se fingirmos sentimentos em uma falsa paixão...
Ao darmos ou negarmos a esmola, cachaça ou pão?...
Até aí, o preceito dentro do coração!..

O que fazer então a não cometer discriminação?
Creio eu, deixar de criar os conceitos
Pois esses “sujeitos” não passam de mera ilusão!
Cada um tem o direito de amar e ser amado
a nos amarmos, uns aos outros, disse Cristo...
Até aí, eis, que por essa tese eu insisto!...

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 25/10/2011
Reeditado em 25/10/2011
Código do texto: T3297039
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