VIDA VAZIA

Aqui do alto vejo arranha céus

Em suas alturas tão onipotentes

Onde sei que há pessoas

Quase seres inexistentes

Que se ocultam em seus “castelos”

Vejo o silencio do viver nos lares

O único ruído é dos veículos

Que vêm e vão numa rapidez descomunal

Talvez para não se comunicarem

No mínimo uma comunicação parcial

A distância e a frieza humana reina

Fico a penar e imaginar as crianças

Em sua pureza inconsciente

Sem um contato natural

Em seus mundos inocentes

Que inevitavelmente muitos virão a ser

Novos adultos contínuos assim...

Busco uma só alma da janela

Que modifiquem os meus versos...

Nelciene Santos
Enviado por Nelciene Santos em 23/10/2011
Código do texto: T3293206
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