VIDA VAZIA
Aqui do alto vejo arranha céus
Em suas alturas tão onipotentes
Onde sei que há pessoas
Quase seres inexistentes
Que se ocultam em seus “castelos”
Vejo o silencio do viver nos lares
O único ruído é dos veículos
Que vêm e vão numa rapidez descomunal
Talvez para não se comunicarem
No mínimo uma comunicação parcial
A distância e a frieza humana reina
Fico a penar e imaginar as crianças
Em sua pureza inconsciente
Sem um contato natural
Em seus mundos inocentes
Que inevitavelmente muitos virão a ser
Novos adultos contínuos assim...
Busco uma só alma da janela
Que modifiquem os meus versos...