ONDE EU NÃO ESTOU ...
       AS PALAVRAS ME ACHAM 


                  Maria Alice Oliveira Pinto


A laringe...
É o útero sexual...
Onde se gestam as palavras!
Onde eu não estou...
As palavras me acham!

Realizar a perfeição
Da palavra...

Da linguagem...
Em nós mesmos...
É poesia...
Que faz sintonia!


No Princípio...
Era o Verbo...
Nascente cristalina...
Fonte de Sabedoria...

Amor em plenitude
Verdade do Ser!


A fornicação...
Com a palavra...

Cria larvas e desgraças...
Desamores infinitos
Paradoxos irreconciliáveis
No descompasso da vida...


Palavras tem poder, magnitude
Atravessam os tempos...

Sejam na construção...
Ou necessária desconstrução


A palavra nos toma...
Faz-nos reféns...

Em armadilhas e labirintos...
Quando mau uso se faz
Do seu fio condutor...


É urgente por um fim...
Na mecânica da palavra...

Que deve ser sentida, amada...
Antes de ser dita...


Falar com precisão...
De forma clara em bom tom
Saber calar em oportuna ocasião...
Sana todas as dores...

Resgata a Beleza da Alma...
Que revolução!



Uma palavra deve ser como o machado
Que partirá os mares congelados den
tro de nossa alma....
Sacro e Bendito remédio!....



 

 
escribalice
Enviado por escribalice em 21/10/2011
Reeditado em 21/10/2011
Código do texto: T3290237
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