Palavras
Há aquelas que rasgam
Sangram sem dó
Nem piedade
A ferida
Invadem
Sem permissão
Os tímpanos
Da vida
As doces
São saborosos frutos
No pomar
Nas verdes relvas
O segurar de mãos
Ao caminhar
As eruditas
Por sua vez
São elaboradas
precisas
Da mente
E dos livros
Construção
Mas nenhuma se compara
Ao silêncio
Do amor
Mesmo sem palavras
Faz-se entender
O coração.