APERTO

APERTO

luizcarloslemefranco

Tanto aperto temos no

repetitivo cotidiano da vida

que percebemos pouco o aperto,

na alma, da ausência.

O amor, a saudade, o passado,

ocupam espaço em nosso aperto,

mas não nos apercebemos

de sua presença pelo aperto

inexorável da labuta diária.

A saudade, o amor, o passado,

às vezes afloram do id e nos incomodam,

mostram que nos apertam,

mas nos fortalecem

nos enfrentamentos

das angústias dos dias.

O dia- a- dia aberto

às vicissitudes da existência física,

aos bons e maus argumentos

da solidão, do vazio do amor perdido,

da saudade presente

e do passado que nos moldou,

nos embota a alma, o conhecimento do acerto

do nosso rico mestre eu interno.

O passado, a saudade, o amor idos

nos ensinaram que o sofrer amadurece,

nos tornam melhor abertos

aos sentimentos.

Nossa mente aberta,

nosso sábio espírito,

são eternos alimentos

para vivermos melhor

o cotidiano material dos dias.

O aperto que a vida nos impõe,

(física ou transcendental)

nos levam ao acerto, ao evoluir de nosso ser,

objeto de nossa caminhada

nos apertos da vida terrena.

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lemefranco
Enviado por lemefranco em 18/10/2011
Código do texto: T3283025