APERTO
APERTO
luizcarloslemefranco
Tanto aperto temos no
repetitivo cotidiano da vida
que percebemos pouco o aperto,
na alma, da ausência.
O amor, a saudade, o passado,
ocupam espaço em nosso aperto,
mas não nos apercebemos
de sua presença pelo aperto
inexorável da labuta diária.
A saudade, o amor, o passado,
às vezes afloram do id e nos incomodam,
mostram que nos apertam,
mas nos fortalecem
nos enfrentamentos
das angústias dos dias.
O dia- a- dia aberto
às vicissitudes da existência física,
aos bons e maus argumentos
da solidão, do vazio do amor perdido,
da saudade presente
e do passado que nos moldou,
nos embota a alma, o conhecimento do acerto
do nosso rico mestre eu interno.
O passado, a saudade, o amor idos
nos ensinaram que o sofrer amadurece,
nos tornam melhor abertos
aos sentimentos.
Nossa mente aberta,
nosso sábio espírito,
são eternos alimentos
para vivermos melhor
o cotidiano material dos dias.
O aperto que a vida nos impõe,
(física ou transcendental)
nos levam ao acerto, ao evoluir de nosso ser,
objeto de nossa caminhada
nos apertos da vida terrena.
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