Meus poetas

Vou a caça das palavras do meu teto do meu chão.

Tantas vem e não retêm minha atenção.

Muitas ficam no papel sedento, merecendo.

Rio que passa, as outras, desatento não alcanço.

Lógica confusa, só eu sei.

Não é regra, nem é lei.

Sou difuso, que poeta quer ser este?

Busca eterna da montagem.

Frenesi na tela de rolagem.

Parece não ter fim, um grande teste.

Se passei, não conheço minha nota.

Nem sei se fiz a prova. O que perdi?

Acho que foi insanidade ou idade.

Foi tropeço ou foi acerto? E daí.

Foi traço da verdade, foi conserto, está aqui.

São palavras, seriedades, me envolvi.

Não é certo, quando leio eu refaço.

Se refaço, busco lógica no contexto que escrevi.

Muitas ligas de palavras aprendi.

Me acalmo, me transformo, resolvi.

Vou parar, senão terei que rabiscar.

Meu sorriso, foi embora, me feri.

Entre tantas, parecia um jornal.

Não diz nada, me desculpe, vou fazer deste o final.

O Guaraciense
Enviado por O Guaraciense em 17/10/2011
Reeditado em 17/10/2011
Código do texto: T3282552
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