Creio que o problema não esteja em ser louco.
Mas, sim, em não reconhecer a própria loucura,
Não identificar os motivos da interna temperatura.
Ir perdendo a identidade, aos poucos...
Cedendo ao jogo imposto,
Marcando o próprio rosto.
A pressão é gigantesca,
Grotesca!
É preciso ser muito forte,
Para não se perder do respectivo Norte.
As correntes, além de tentadoras,
São avassaladoras.
Vivemos uma, já identificada, ilusão.
Um convite pessoal a tirar o pé do chão
E ir ter com os negrumes
De baixa magnitude...
De onde é bastante complicado sair.
O mais comum é aderir.
É preciso um cuidado extremo,
Um esforço supremo,
Para não usar os dados, contra si próprio,
Para não habitar as nuvens do ópio,
Onde a verdade desliza e escorre por entre os dedos,
Deixando em seu lugar estranhos medos.
Por outro lado, não podemos levar a sério
Antigos critérios,
Apodrecidos
Pelo estabelecido.
Precisamos ser positivos,
Mas, acima de tudo, criativos.
Urge que deixemos de lado as fórmulas emboloradas,
Que desaguaram nessa palhaçada.
Ou, que selecionemos melhor,
O que carregaremos conosco rumo ao maior,
Ao inconcebível,
Pela estrada do sensível.
A necessidade de mudança é urgente.
O apelo da alma à evolução é eloquente.
Para tanto, faz-se necessária uma nova paginação,
Uma nova formatação,
Na nossa interna formação,
Para abrir espaço
Para o novo abraço,
Que, vem vindo, transbordando afeição,
Atendendo a múltiplos pedidos da vastidão.
Vídeo pra matar a saudade:
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