UMA MENTE ATORDOADA

Nas noites escuras de meus dias sigo

Sem graça, pacato e mesmo sem destino

Pensamentos abstratos e sem razão

Dentro de um caos num eterno desencontro

De mim me perco e me esqueço

Nestes confins de infinito

Onde me acho sem rumo... sigo

No vácuo profundo, porém com os pés no chão

Perdido e só, sem nenhum amigo

De tanto olhar para o teto dói-me a mente e a visão

Cruzar os braços? Não é o meu feitio

Sinto medo, horror, e tenho frio

Tolhido, sem forças, sem ação e sem jeito

Somente à vontade ardendo no meu peito

Como ter força, se o inevitável está vindo?

E desaba sobre mim, já estou sentindo

Paulo Henrique Oliveira
Enviado por Paulo Henrique Oliveira em 15/10/2011
Reeditado em 15/10/2011
Código do texto: T3277450
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