batalha cruenta
Há em nossa terrena vida,
Em nossa árdua lida,
Uma batalha cruel
Que amarga como fel.
Seus comandantes,
São de essências beligerantes...
Ignorância!
Ganância!
Arrogância!
Esta tríade é tão malévola
Quanto o ebola.
É uma tríade que se multiplica
Onde falta solidariedade
E onde sobra crueldade.
Qual será o motivo que explica
O existir de batalha tão cruenta?
É difícil responder
O porque do ser humano,
Com um coração tão desumano,
Ter criado meio tão infame de ostentar seu ilusório poder.
O Pai/Mãe Celeste, lamenta
A grande tormenta
Causada por esta vil atitude
Que tem num conjunto de ataúde,
O reflexo
Sem nexo,
Funesto,
Desonesto,
Desta ignóbil guerra
Que sempre maculou a Terra,
Manchando-a cruentamente,
Vergonhosamente.
Esta inconsequente batalha,
Com seus soldados em trajes de mortalha,
É uma aquarela
Nada bela,
Maldosamente idealizada por insensíveis artistas,
Exímios vigaristas,
Que expõe as suas obras tão deprimentes
Numa galeria exclusiva para seres dementes.
É um horror!
É um desrespeito ao Criador,
Esta terrível batalha externa,
Nunca fraterna.
É uma trama pestilenta,
Esta batalha material, é uma batalha cruenta.