e m b o r a
r a
( cutba , 23,33h de 12 10 11)
O rio flui sempre,
EMBORA suas margens o comprimam.
Seus peixes nadam livres,
EMBORA a correnteza os arraste para baixo.
O mundo evolui,
EMBORA a bestiliadade exista.
Suas leis se impõem,
EMBORA tentamos fugir delas.
A vida é eterna,
EMBORA a nossa existência seja finita.
Sua contemporaniedade é certa,
EMBORA não compartilhemos dela.
A Ética ensina,
EMBORA não a estudemos.
Sua moral é justa,
EMBORA não a temos.
O pensamento trabalha,
EMBORA não o notamos
Sua decisão é perfeita,
EMBORA não a sigamos.
A morte é real,
EMBORA não a entendamos.
Sua proximidade é crucial,
EMBORA não nos preparamos para ela.
A Terra está com fome,
EMBORA não notamos.
Sua gula é drástica,
EMBORA não a sanemos.
Nossa consciência existe,
EMBORA a embotamos.
Sua persistência é essencial,
EMBORA não lhe damos valor.
EMBORA interagimos com o mundo,
como interagimos,
nossa ação aqui é fundamental.
EMBORA queiramos viver,
Se não somos sócios da vida, do mundo,
dos rios, da Terra, e não trabalhamos com o pensamento,
com a consciência e moral,
a morte nos acontece antes de morrermos.
Precisamos valorizar nossa presença aqui,
EMBORA estejamos cada vez mais alienados.