Poesia de banquinho de faculdade

Devias voltar,

e trazer os ventos,

as aves,

a parte da colina que serve de abrigo,

o abrigo aninhado ao teu colo...

...os teus seios...

Devias voltar,

como um pecado que retorna à gênese do que se concebe,

como que num ritual mantenedor de mentiras e cicatrizes.

Devias voltar,

para os braços de quem sequer te possuiu,

para o centro mais ébrio da atmosfera.

Voltar,

somente,

para que os olhos mantenham as mãos ocupadas.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 11/10/2011
Reeditado em 27/10/2011
Código do texto: T3269946
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