A conquista da morte

A fase que elogios não incomodam mais,

E é a crítica que tem que mudar,

Muitos partem, sem vê-la jamais,

e uns poucos, ditosos, chegam lá...

Quem assim já morreu vive melhor,

sem herdar as dores alheias,

palato treinado em sumo e sabor,

e o sangue, enfim, puro nas veias.

Pode legar seus sensos a terra,

sementes invadem muitas almas,

Múltiplos epitáfios encerra,

Cada coração, uma flor, uma palma...

Suas obras discursam no auto fúnebre,

Desfeito o truque da deusa, ilusionista,

o jazigo que parvo avalia lúgubre,

É pódio que exalta a nobre conquista.

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 09/10/2011
Código do texto: T3266064
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