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Acreditar,
É tudo que me resta.
É o que sobrou, impresso em minha testa.
É o que ainda, me empurra a caminhar.
A olhar para cima
E reconhecer a suprema rima...
A respirar fundo
E continuar no mundo:

Chacoalhando,
Incomodando...

Alertando,
Acordando,

Confortando,
Abraçando!

Escrevendo, criando,
Cantando e interpretando...

Se não mais acreditasse, não mais seria.
Qual vegetação velha, murcharia...
Ainda há tanto a ser revelado,
A ser apreciado.
Estamos ainda, na periferia de nossa história.
Está escrito na cósmica memória.

A crença
De um final glorioso para nossa sentença,
É o que, a um só tempo, me impulsiona,
E me tenciona!
Gostaria muitíssimo que parássemos de marcar passo
E corrêssemos logo para o celestial abraço!

O que nos espera,
Jamais foi antecipado por qualquer primavera!
É muito maior do que ousamos sonhar.
Muito melhor do que abusamos desejar...
- Mergulhar na comunhão,
Dessa maternal vastidão! 












Música complementar:
Ivan Lins
"Somos Todos Iguais Nesta Noite"
http://www.youtube.com/watch?v=GdQG-at8Fsk&feature=related



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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 01/10/2011
Código do texto: T3251126