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Acho que todos sonhamos com alguém,
Que, de nós, cuide muito bem...
Tome providências,
Intua a cadência...
Minimize as dolorosas consequências.
Alguém que supra a insuportável carência.

Alguém que nos complete.
Parece que a completude não nos compete.
Imaginamo-nos eternamente,
Perpetuamente,
Dependentes
De inúmeras correntes.

Como se a nossa felicidade,
Por um motivo ou outro,
Estivesse sempre em mãos alheias.
- Estranhas cadeias –
Embora isso nos deixe loucos
E nos roube por completo a tranquilidade.

Faz parte da nossa cultura,
Esse ideal,
Embora surreal...
Todos, em determinada altura,
Embarcam nesse trem.
Mas, bem poucos se dão bem!

É uma fantasia complicada de ser realizada,
Pois está calcada em bases infundadas.
Só nós,
Sabemos de nossos nós!
Dos nossos desejos,
Da profundidade de nosso enredo.

Projetamo-nos, como insanos,
Em ondulados panos
E exigimos uma fiel reprodução...
Mas, que pretensão!
O que nos incentivaram a procurar,
São cópias de nós mesmos... Impossível de se realizar!

Ninguém pode se responsabilizar,
Ou ser responsabilizado,
Pelo nosso grau de felicidade,
De tranquilidade.
Esse dado precisa ser interiorizado.
Está em nossas “asas” decolar!

Urge que paremos com a obsessão
Da projeção!
Causa de todas as mazelas 
Dos relacionamentos.
De todas as guerras
E seus apodrecimentos.

Precisamos é de cumplicidade!
De estreitos laços de amizade!
Precisamos começar 
A aprender a respeitar
O que nos é diferente.
A valorizar todo tipo de gente.






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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 30/09/2011
Reeditado em 30/09/2011
Código do texto: T3249270