O sofá da sala
Sentado no sofá da sala
As coisas parecem tão inuteis
Através do vidro da porta
Ao pasar na rua, somente pessoas futeis.
Mas como eu posso vir a julgar?
Não sou ninguém para denunciar.
Sou apenas alguém
Que está sentado no seu lugar.
No sofá da sala, nada é o que parece ser
Fotos e moveis pouco distantes
Me fazem lembrar todos os instantes
E assim entendo que o ser é melhor do que o ter.
Do sofá da sala, eu posso ver a janela
E através dela, vejo as estrelas a observar a ruela
Ruela, na avenida dos perdedores
Que se cruza com a avenida dos sonhadores