O sofá da sala

Sentado no sofá da sala

As coisas parecem tão inuteis

Através do vidro da porta

Ao pasar na rua, somente pessoas futeis.

Mas como eu posso vir a julgar?

Não sou ninguém para denunciar.

Sou apenas alguém

Que está sentado no seu lugar.

No sofá da sala, nada é o que parece ser

Fotos e moveis pouco distantes

Me fazem lembrar todos os instantes

E assim entendo que o ser é melhor do que o ter.

Do sofá da sala, eu posso ver a janela

E através dela, vejo as estrelas a observar a ruela

Ruela, na avenida dos perdedores

Que se cruza com a avenida dos sonhadores

Edu Lima
Enviado por Edu Lima em 29/09/2011
Código do texto: T3248894
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