Essência
Derreto em mim mesmo.
Pingo no chão.
Se ele for verdadeiro, além de nascer grama, vai brotar loucura.
Colho um ramo de doidarias.
Amarro com o vento e deixo as palavras brincarem nele.
Quando elas já estiverem cansadas, caindo pelas tabelas, aí eu deixo elas dormirem na minha cabeça.
Puxo um fio de cabelo e pego o primeiro algomerado de letras sem sentido que vier agarrado nele.
Se quiser, troco as letras de lugar e formo uma palavra-besta-existente.
Ou então, posso deixá-las do jeito que estão... ou tirar som delas.
Preciso conhecer alguém que tire alma de pedra, em vez de leite.
Sentado numa cadeira velha, numa varanda sem casa, olho uma expressão esculpida na natureza e penso:
Quero tomar um café expressivo e ter um rosto expresso.