Achados e perdidos...
Me perdi numa colcha de retalhos
E achei o amor no meio de um palheiro
me perdi no fundo de um oceano
e achei o amor no meio do roteiro
porque nunca deixei de acreditar
que entre os grãos de areia...
existem os quinhões dourados
porque nunca deixei de sonhar
mesmo nas noites de insônia
em que os pensamentos mantinham-se
ora obscuros ou nublados...
me perdi alvoroçado numa alcatéia
e achei o amor numa revoada inconteste
me perdi no escuro de uma caverna
e achei o amor bem no meio do agreste
porque o amor não tem hora marcada
ele nos envolve...nos dissolve
faz a gente acordar feliz...
e dormir com a alma lavada
me perdi entre o céu e as estrelas
e achei o amor escondido no canteiro
me perdi entre os riachos e ribanceiras
e achei o amor nas mãos de um carpinteiro
porque o amor não escolha hora
ele nos devora sem percebemos
e nos deixa sem eira nem beira
nos deixa sem até mesmo sem paradeiro.