NAVEGANDO EM MENTES
Singrando os mares da incompreensão,
tomo cuidado a fim de não colidir
com os recifes do orgulho.
Ao longe avisto uma ilha
cingida por altas muralhas
erguidas pelo preconceito.
As pedras pontiagudas dão-me o alerta:
Navegar por emoções tão inseguras
é demasiado perigoso.
Agora velejo em águas tranquilas,
de uma beleza e transparência semelhantes
ao sentimento de pessoas que já aprenderam
que para serem verdadeiramente felizes
não necessitam dissimular.
Avisto um continente, ao longo da costa
vislumbro flores em muitos matizes
dando as boas vindas aos visitantes.
Sou apenas um psiconauta que vive
em minucioso trabalho de exploração.
Quanto a você, poderá escolher
entre converter sua mente em uma fortaleza
triste, tenebrosa e solitária, ou transformá-la
em um recanto alegre e convidativo.