Nossas fases animais

Germinamos meros peixinhos,

Águas tíbias, nunca inverno;

Um dia deixamos a piracema,

Gravidade vence gravidez,

E saímos do rio materno.

Aí os novos mamíferos,

Têm seu mundo numa mama,

Choram o leite não sugado,

Exigem uma mama fake,

Para o aconchego da cama.

Em nosso ensaio de répteis,

Nos arrojamos sobre a terra;

É que pernas inda frágeis,

Desconhecem o equilíbrio,

E o passo a gente erra.

No vigor ganhamos asas,

O céu é limite, adeus, ninho;

Estações e horizontes,

Impensadas arribações,

Dispersam o passarinho.

Por fim, velhos anfíbios,

Duas vidas, uma externa,

cobrem essência com aparência,

outros, razão para existência,

sóbrios apostam, em vida eterna...

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 19/09/2011
Código do texto: T3228248
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