O império em guerra
A vida priva alguns dos petiscos do prazer,
os quais, contrariados, são por ela forçados,
a uma passagem mordiscando migalhas de saber…
É que o reino dos sentidos,
tem os súditos preferidos,
e os que não têm quem socorra;
O corpo, monarca no trono,
a alma, rainha na alcova,
e o espírito, manietado na masmorra.
A milícia imponente dos
pregoeiros dos apetites,
pelotão de elite a guarda real;
O bobo produz falsa alegria,
ridicularizando Sophia,
o reino em festa, show teatral…
Até onde vão seus domínios?
Lábaro enganoso, que cobre a terra.
À virtude e ao saber que não lhe servem,
jamais lança mão,
somente por vinho e pão,
o império declara guerra…