PREFÁCIO ( Redigindo)

PREFÁCIO

Para se entender um poeta é preciso conhecer seu hospedeiro, aquele vive intrínseco neste como um ser mágico e misterioso. A função do poeta não é transmitir mensagens, sua função é emocionar e encantar. A poesia é o ópio das almas, não importa se não entendemos um texto poético, importa sim a alucinação “estésica” que sentimos ao lê-lo. A poesia é o alimento da emoção e independe da razão.

Eu, o autor deste livro, entendo o poema como um frasco de emoções estética. Num texto informativo guarda-se as mensagens, na poesia, as emoções. A linguagem poética deve ter mecanismo que decodifica o sentimento do poeta e o refaz na alma do leitor. O poeta sente e imprime no poema o que sentiu com o recurso das figuras de linguagem, ou seja, das conotações, e o leitor em contato com essa linguagem conotativa decodifica esse sentimento e o vivencia.

Compreendo o século XXI como o princípio consolidado da Era Digital, em que as decisões do mundo serão pautadas pela tecnologia, o convencimento será a arma de uma nação contra a outra, não o convencimento interno dos litigantes, mas o convencimento global possível graças à informação, É o poder de volta à sua origem psicológica, o poder nas mão do ser humano sem a influência individual de estadistas

“protagonizadores” e manipuladores, o povo em vez de ser manipulado passa a manipulador.

Com a arte acontece a mesma coisa, não há apenas um ícone individual que defina um movimento artístico. O clássico se pautou em individualidades como Homero, Virgílio, Hesíodo; e dessa forma foram criadas todas as vertentes artísticas e políticas no decorrer dos séculos. O mundo mudou com a informação de massa, possível graças à tecnologia, esse novo modelo de sociedade permite que qualquer cidadão do mundo participe na formação de opinião e conduta, e essa complexa gestão de opiniões impede que seguimos um caminho com apenas uma característica, como aconteceu com o romantismo, o realismo, o modernismo, enfim, todos os estilos de época.

Procuro dar uma característica universal ao meu trabalho interagindo com o modelo de mundo atual, e não gostaria de rotular minha arte, prefiro ser eclético.

Geraldo Altoé

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 18/09/2011
Reeditado em 20/09/2011
Código do texto: T3226045