Verdade do amor

Fico pensando como é bonito ver um casal de idosos,

Não só pelas histórias há contar.

Não só pelas lições há dar.

Mas pela ternura e luz que sai de seu olhar.

É gratificante quando o amor produz fascina.

O brilho ainda está ai

As conversas de respeito, o amor que ainda dura.

É essencial se perceber o quanto o tempo fez mal ao amor,

Hoje em dia é normal “ficar” seja por uma noite ou um dia.

Não andar mais de mãos dadas como antigamente

Não fazer seresta para a moça apaixonada...

É démodé namora

Não se usa esse termo mais.

E por quê?

Tudo foi se desfazendo com o vento,

No percurso de que tudo é antiquado demais.

Não é!

Isso fazia parte do fascínio do suspiro, do brilho da alma.

Isso é que era ter alguém pra conversar

E não só engolir com a língua.

Isso era o tempo dos versos.

Pena que com a modernidade da tecnologia da informação

Só se usa o email e os torpedos.

Pena que com o mundo dos artifícios físicos e estéticos

Não sobrou tempo pro real, pra carne e osso.

Pro que vêm na identidade, nas veias.

Faltou tempo pro amante á moda antiga,

Do tipo que ainda mandava flores.

Sem a pretensão de ir pra cama no dia seguinte.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 17/09/2011
Código do texto: T3225542
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