Verdade do amor
Fico pensando como é bonito ver um casal de idosos,
Não só pelas histórias há contar.
Não só pelas lições há dar.
Mas pela ternura e luz que sai de seu olhar.
É gratificante quando o amor produz fascina.
O brilho ainda está ai
As conversas de respeito, o amor que ainda dura.
É essencial se perceber o quanto o tempo fez mal ao amor,
Hoje em dia é normal “ficar” seja por uma noite ou um dia.
Não andar mais de mãos dadas como antigamente
Não fazer seresta para a moça apaixonada...
É démodé namora
Não se usa esse termo mais.
E por quê?
Tudo foi se desfazendo com o vento,
No percurso de que tudo é antiquado demais.
Não é!
Isso fazia parte do fascínio do suspiro, do brilho da alma.
Isso é que era ter alguém pra conversar
E não só engolir com a língua.
Isso era o tempo dos versos.
Pena que com a modernidade da tecnologia da informação
Só se usa o email e os torpedos.
Pena que com o mundo dos artifícios físicos e estéticos
Não sobrou tempo pro real, pra carne e osso.
Pro que vêm na identidade, nas veias.
Faltou tempo pro amante á moda antiga,
Do tipo que ainda mandava flores.
Sem a pretensão de ir pra cama no dia seguinte.