Café

Que sentimento é este que me ataca o peito?

Será por causa dos ateromas coronários?

Ou será a ânsia de morte com que me deito?

Ou será vermes ainda embrionários?

Não sei se morro ou durmo, mas no meu leito

Há um urro com o qual é feito a minha cova:

Não consigo dormir sem chorar a dor do peito

Pela poesia sem que, na cama, eu me mova.

Quero-te em meus lábios transportar para o meu interior

E em mim selar o meu imenso amor por ti,

Cafeína noturna...

Sem ti jamais ficarei vivo sem teu sabor,

Musa da eterna vontade que vi

Em mim como febre e pele morna.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 16/09/2011
Código do texto: T3223511
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.