Carta de Alforria
Hoje, neste dia
Apenas mais um
Entre tantos que viverei e vivi,
Assino minha carta de alforria
Corto os grilhões
Fujo do ergástulo frio
Lânguida, uma alma cheia
Em um corpo vazio
Açoites rechaço
Frágil ante o agressor
Como boi preso no laço
Quase vencido pelo cansaço
Colei os pedaços
Contornei os percalços
No caminho oposto me refiz
Fatigada, destroçada...
...Mas feliz!