MIL VIDAS

Mil vidas passaram pela minha/nossa vida,

outras mil mais passarão

sem que percebas.

Minha/nossa vida é permeada por essas mil e, mesmo assim,

talvez nenhuma seja notada.

Este rio, este mar de vidas que me rodeia, o que fazer delas?

O que de mim fazer?

Renegarás os abraços, os sorrisos, todos os afagos,

renegarás tudo, mas aceitarás o amor.

Aceitarás o amor de braços abertos,

mesmo que ele seja vagabundo, sujo, indescente,

não cometerás o pecado de renegar o amor.

Aceitarás o amor

mesmo que não sobre nada além de magoas e desespero depois que ele passar,

jamais renegarás o amor.

Somos apenas gente, e só, às vezes só gente, às vezes só.

Nada nos restará senão recordações,

lembranças que serão rememoradas a toda vida.

nostalgicas sombras de algo que se foi... fluido como um rio,

palpável como a luz cálida do sol, que toca meu rosto.

Criaturas funestas seriamos sem o amor.

Sem a dor, o prêmio maior de quem ama, nada seriamos senão mortos.

Yan Valderlon
Enviado por Yan Valderlon em 14/09/2011
Código do texto: T3219259
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