A sinopse da vida
A escrita da vida verte lenta, enfadonha,
já nem sonha compor uma bela redação;
pois, sabe das limitações e da insipiência,
pela repetência de parágrafos já escritos,
anelos, ditos, não ditos, sonhos, desilusão;
Às vezes, finda a linha e, um hífen separa,
as palavras que, inteiras, devem ser lidas;
outras se vira a página pelo brio, na cara,
a coerência tolhe que, se tente soerguer,
uma empresa, que murchou e está falida;
Maravilha – se perante o desconhecido,
pródiga, com seus pontos de exclamação;
ingênua a derivar um sentido imaginário,
malgrado, tenha junto à mão o dicionário,
são saudáveis os pontos de interrogação;
Mui além das letras mais que papel, tinta,
é demasiado amplo, o seu vívido insumo;
mas, pensando melhor tomamos um tapa
tudo vai na contracapa, quando o tempo,
vem, apara febre, arestas, e faz o resumo…