A máscara do medo
Andei três passos com um santo,
e então vi que ainda sou profano;
andei três passos com um sábio,
mas, me vi distante do seu plano;
Paradigmas são lúcidos espelhos,
Que acentuam nossas desgraças;
vi pulsar em meu próprio sangue,
a moral das gangues das massas;
Ousamos muito, diversos sentidos,
ao buscar por algo que queremos;
seria o tal medo do desconhecido,
na real, medo do que conhecemos?
Afinal, nas vias quentes da paixão,
quem teme uma pessoa misteriosa?
Aliás, não é a sua aura de mistério,
que faz a fruta, parecer saborosa?
Mas, nas ruas da moral do espírito,
disfarçamos ao medo de ceticismo;
não cremos em nada nem ninguém,
retemos ciosos nosso individualismo;
Parâmetros de valor são um desafio,
à senda virtuosa, o convite à graça;
incapazes de dar-lhes o que é justo,
“honramos” com um busto na praça…