Se o cidadão acorda
E, imediatamente, coloca em seu pescoço na cotidiana corda,
Confeccionada na mais pura negatividade,
Executou seu direito de escolha e determinou sua polaridade.
Optou pelo pesado, pelo escuro,
Pelo condicionado, pelo obscuro...
Pelo teleguiado, pelo muro.
Pelo revoltado, pelo duro!
Se o cidadão não consegue sorrir,
Não quer interagir,
Franze a testa,
Desdenha a festa...
Está na verdade evitando aproximação.
Está projetando sua solidão.
Uma postura agressiva
Complica, em muito, a vida.
O tipo que bate por medo de apanhar´...
Que tem medo de se apaixonar,
Que fica no raso,
Importunando e fazendo estardalhaço...
Levanta bem alto a bandeira de sua insegurança.
A sua covardia faz pender a balança.
Pensa-se astuto,
Mas é nulo!
Reclama da colheita esquecendo o descaso no plantio.
Vai logo afirmando que é curto seu pavio.
Adepto do terrorismo psicológico,
Seu raciocínio é ilógico.
É irritável,
Intratável,
Instável,
Insuportável...
É invejoso;
Está sempre pronto
Para o confronto...
É belicoso.
A esse cidadão não há religião que acuda.
Até porque, o tipo afirma que não muda;
Que nunca teve sorte.
Não há profissão que o desentorte...
É impulsivo.
Indiscutivelmente autodestrutivo.
Debocha de conselhos.
Evita os espelhos...
Acredita em nada.
Mantém a sensibilidade amordaçada.
Sabota todos os relacionamentos,
Adepto dos aliciamentos...
É cínico!
Mínimo...
Seu código estelar está desfeito.
Não há espaço para o bom em seu peito.
Música Linda:
http://www.youtube.com/watch?v=CsdH7z0P90o
Versão original:
http://vidaalta.blogspot.com/2011/09/minimo.html