Coisas que sinto

Ontem me vi correndo sem mesmo saber o por quê,

Embora estivesse vendo que eu corria tentando me proteger.

Louca era a correria mas nela pude antever

Uma sofrida agonia de um mundo que não consigo entender.

Não só me sinto obtuso por questionar o destino

Serei um adulto confuso ou um inocente menino?

São coisas que não traduzo, me sinto tão pequenino,

Pois me disseram que o homem é expressão do divino.

Não quero correr, quero estar sempre aqui.

Quero poder ter meu sonhar, sem fugir,

Poder ser feliz e sorrir.

Hoje eu estou sabendo porque me pus a correr.

Os frutos que estão crescendo não percebem o que é preciso aprender.

Com tudo estão rompendo, sem nada a oferecer.

Assim vão abastecendo as tristezas, vivendo só por viver.

Às vezes fico querendo tentar mudar isto tudo!

Pobre de mim, estou sendo não mais que um tolo abelhudo,

Já estou é me convencendo, que por faltar conteúdo,

o mundo está morrendo ao compilar absurdos.

Não quero correr, quero estar sempre aqui....

Quero poder ter meu sonhar, sem fugir.

Sei que vou sorrir e poder ser feliz, pois sim.

VICENTE VIEIRA
Enviado por VICENTE VIEIRA em 17/12/2006
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