Aquilo que sou

Sou purpurina,

Assassina,

Com um golpe no olhar.

Sou feiticeiro,

Sossego,

Me deito e começo a mandar!

Imagino as cantigas,

Iludidas,

Querendo subir e delirar!

Se sonho contigo,

Me traumatizo,

Não posso mais, nem devo te amar!

Nada faz sentido,

Imagino,

O descaso de uma matilha em não te açoitar.

As vozes que ouço,

Me dizem,

“Esqueça! Nada pode mais te machucar!”

E com vozes e nonsense*,

Grito,

“Cale-te! Estou morto e só observo o tempo passar!”

*nonsense = sem sentido, sem nexo, absurdo.

Afonso Herrera
Enviado por Afonso Herrera em 06/09/2011
Código do texto: T3203588
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