Do nada

Às vezes que sedento e calado

Escutando as deliberantes formas

De se viver por ai sobre rédeas

Aclamado pela ilusão do destino

A boca trêmula investe pelo copo

Das mais certas palavras possíveis

Dos mais belos modos a prosseguir

E daí os corpos se afastam

Um dos outros tentando o clamo

Buscando e perdendo enfim

O gosto de um reencontro

Com a vasta e própria vida

Que de tão vasta some

Despercebida ao que não conhecemos

Ao custo do fechar dos olhos.

Lucas Alves de Araújo
Enviado por Lucas Alves de Araújo em 04/09/2011
Reeditado em 15/06/2012
Código do texto: T3200271
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