Distraído em meus pensamentos
Distraído em meus pensamentos
Jbcampos
Um dia desses, distraído
Em pensamentos recorridos,
Contemplava os cravos e jasmins
Dos suspensos e, babilônicos jardins
De um Nabucodonosor de tempos idos.
E lindas beldades, quiçá, tenham existido
De verdade. Via às santas mãos cravejadas
Com perfumados cravos amoráveis da dor
Representando à flor indesejável do ódio.
O pecado nos peitos, sem jeito encerrado,
O amor e a vaidade no pódio adquiridos.
Aiatolás com seus Alás tão divertidos.
Petróleo feito à sangue derramado,
Gaza enfaixada com gaze urdida.
Múmia ainda em ferida aferida;
Com a antiga cara de bandida,
Apimentada à picante urtiga.
Moisés e decálogo assistindo
Um vadio mundo emudecido
Rangendo dentes com sorriso.
Caninos e esgarçaduras fendidas
Ruas, calçadas e prédios destruídos.
Escombros de velho paraíso sem juízo.
Aquele que lhe era o rei foi às pastagens
Alimentar-se com a rês daquelas paragens.
Hoje de cabeça branca vislumbro a moderna
Já antiga Casa Branca a declarar guerra eterna.
Guerra Santa qual sacrilégio, sutilmente ensinado
Nos colégios; à distância nas tevês onde tudo se vê,
Onde tudo se alcança desde droga à toga emasculada.
É o mal, despudorado sem censura censurando ao bem.
Enquanto, tudo acontece, passam as caravanas e os trens.
Porém, ouça-se o som emudecido de anjos dizendo: Amém
Aos fatos sempre existidos e jamais diferentes de antigamente.
Antiga mente retorcida e parida já partida na chegada e partida
Deste mundo imundo de zumbis matando ou se matando. Gente.
L L
Eis a morte sem cabeça, porém, não tem quem a desobedeça.
Afinal, o que estamos fazendo neste mundo?
O meditador