Sementes
Onde estará vagando
Tão precioso poema
Que minha alma um dia embalou!
Pois, perder um poema
É perder parte da memória
Que não há de voltar
Seja com o vento
Seja com o tempo
Ainda que o outono desperte!
Na certeza que não haja retorno
Fica a sensação de se ter jogado
Ímpar pérola aos porcos...
Mas, ainda há consolo
E por entre estercos
Sementes ainda hão de germinar!
Em forma desses versos
Que chegarão a poemas
Despidos de todo medo
Erguerão a bandeira da verdade!