À Deriva

Quando me vejo aprisionada
Por este triste medo insano
Da escuridão que me rodeia
Em que sons têm vida e forma
E há veneno em cada cheiro
Onde o abismo se apresenta
E sobram pedras no caminho

Quando me vejo em mar aberto
Frio deserto da minha alma
E ameaçadoras se vislumbram
Ao longe, escarpas da morte
Pungentes furando o céu

Quando nada faz sentido
Seguem os amores à deriva
E perdem-se os sonhos ao léu

Enfim, quando nada mais há
que justifique a poesia
Aí, é que nela me agarro
É nela que busco a alegria
Nos versos encontro o meu norte
A paz de mim se avizinha
A lírica é luz intensa
E não sigo mais sozinha





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