A vida passou..
Saudades de quando vampiros eram criaturas realmente míticas
Saudades dos tempos em que “colírio” era o nome de um remédio para os olhos
Quando as atrizes se tornavam famosas pelo seu talento
E não por sua nudez ou por dançar domingo à tarde na TV
Saudades das velhas bandas, em um tempo em que se faziam músicas de verdade
Saudades de quando as cantoras de MPB não eram estereotipadas
De quando também, as cantoras não precisavam “engrossar” sua voz
para impostar suas canções
E se fazerem ouvir
Quando o You Tube e a INTERNET não alienavam as pessoas
Saudades de quando as redes sociais estavam somente no inicio
E não eram um dos principais motivos de “mutilação mental” da juventude
Saudade de quando atividade física não era um modismo
e as pessoas não se exercitavam de cara amarrada, por pura obrigação ou imposição da mídia
saudades de quando a juventude não começava a se entupir de álcool tão cedo
de quando se fazia “amor” com pleno respeito
saudades dos tempos em que não te obrigavam a apoiar “heteros” ou “homos”
e todos podiam fazer suas escolhas sem grande alarde
como algo normal
como plena expressão da liberdade humana, seja qual opção ela for!
Saudades de quando se fazia “História”, e não “corrupção”
Saudades dos grandes líderes mundiais, e não de traficantes
Saudades dos tempos em que “bullying” era só mais um problema
E não mais uma desculpa para uma geração de crianças carregadas de seqüelas
Saudades de quando não existiam “yoga para cães”
Saudades de quando as pessoas eram muito mais valorizadas do que animais e árvores!
Saudades de quando “emo” era um prefixo de “emoção” ou “emocionante”!
Saudades de quando as pessoas não se iludiam com o futebol
De quando a vida das pessoas era um universo discreto e reservado
De quando telefone celular era somente mais um instrumento
E não uma extensão da alma humana
De quando as pessoas saíam belas nas fotos, eternizadas
E não vulgarizadas
Saudades de quando as pessoas não se iludiam com joguetes eletrônicos
E cultivavam mais as amizades e todas as relações interpessoais
Saudades de quando nas festas e no sábado a noite
Haviam troca de sorrisos e boas energias emanadas de uma pessoa para a outra
De quando mulher não caia na sarjeta de tanto beber
Saudades de quando a juventude sabia realmente “ler”
Buscava cultura sob as mais variadas formas
E sabia se comunicar, falar e se expressar
Saudades de quando os filhos não mamavam nas tetas dos pais
Ainda após marmanjos
De quando os filhos pequenos eram cuidados pelos pais aos sábados à noite
E não pelos avós
Saudades de quando os filhos eram menos mimados
E despertavam pra vida logo cedo!
Saudades de quando se estudava de verdade
Saudades de quando a juventude não era acomodada
E não esperava um alto salário cair do céu já no primeiro emprego
Saudades de quando “fazer uma faculdade” era uma necessidade
Ou um grande prazer
e não uma obrigação, um ato de vaidade ou uma decisão incerta
saudades de quando as pessoas iam à Igreja não apenas para casamentos ou batizados
saudades de quando as pessoas eram discretas com suas próprias intimidades
e de quando as pessoas públicas não eram endeusadas...
...por que só assim seus olhos voltariam para si
E sua vida não passaria tão rápido
E você viveria bem mais...