OLHOS DE QUEM VÊ
Não!
Não fale de mim como exemplo...
Por favor, não minta!
Não sabes as dores que me acometem
Dos fantasmas que me visitam
E do silencio que cala minha verdade.
Olhe-me com olhos de alguém
Que entende ser pó e cinza...
Um andarilho da existência
Um alguém que errou por amar
Que feriu por trocar
Que disfarçou para continuar
Que mentiu para ser
E finalmente, caiu para se levantar.
Sinta-me assim
E verás a luz que insiste
Ainda que uma lágrima
Molhe o rosto cansado
Que reflete no espelho de sua retina.