O Ceifador

O ceifador passou em meu jardim

E levou a flor que és minha alma.

O anjo da morte impiedoso

Que apenas cumpre o seu dever

De nos acompanhar para as portas do mistério.

Reverência a sua foice.

A sua lâmina corta a minha fria alma

E leva para um destino incerto.

A lâmina que nunca se enferruja

Apesar das lágrimas que causa.

O ceifador passou em meu campo

Um campo que um dia foi florido

Mas, as flores secaram ao decorrer da peste.

Anjo do bem ou do mal?

Ninguém sabe responder.

Saberá Deus responder?

A morte sabe responder.

O ceifador é o misterioso empregado da morte

Que um dia me responderás

Quando encontrar a minha morte.

Eis o mistério.