Ventania -sextina



O vento bate forte na janela,
que balança, que geme que estremece.
É o vento da noite chamando gente;
acorda quem já dorme bem tranqüilo.
A batida no vidro muito assusta...
Noite bem barulhenta com luar...

O vento bate em meu peito de luar
fazendo tudo pra eu ir à janela;
persiana balança e, me assusta.
Sangue esfria e até a perna estremece ;
não me deixa ficar mais tranqüilo.
Ó barulhento vento esquece a gente.

Deixe, vento que durma minha gente,
procure aí fora a lua e o luar
pra eu ficar um pouco mais tranqüilo,
Porque eu quero chegar até a janela ,
sentir que nada,nada m’estremece,
nem mais seu movimento tanto assusta...

Geralmente pouca coisa me assusta.
Nem a necessidade dessa gente;
somente você, hoje, me estremece
Meu medo esconde-me todo o luar.
Nem mesmo o grilo grita na janela.
Somente nossa gente dorme tranqüilo...

A noite não me deu sono tranqüilo,
porque a cada momento o vento assusta ,
faz de tudo pra abrir minha janela ,
trouxe até muito frio a toda gente
que tem como coberta só o luar
porém, como eu, ninguém mais estremece.

Vento barulhento só a mim estremece.
Sem medo até o grilo fica tranqüilo,
mesmo sem a coberta do luar...
Quando perder o medo que me assusta
vou parabenizar toda essa gente
que nem pôde fechar a sua janela.

Só vento que balança os estremece.
Gente que acorda mas fica tranqüilo
Pois como o grilo gente tem luar.

MVA
Enviado por MVA em 16/08/2011
Código do texto: T3163189
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