Mutante
Meu mundo
Um casulo solitário
Preso numa árvore morta
De galhos secos
Entregue a própria sorte,
Vou abrindo os olhos
E aos poucos sugando toda a seiva deste hospedeiro
Infeliz derradeiro
Quando tudo parece morto
Eu me abrigo em seu interior
Lutando contra vermes e moribundos
Que só existem para mim
Mas este não é o fim!
O tempo passa e o frágil ser evolui
Engole pragas e se constitui!
A cada ação uma reação em cadeia
Vão me cercando e prendo-me em sua teia
Tolas criaturas sem coração
Não sabem que as verdadeiras iscas são elas
Moscas pousadas na minha destruição
Engulo!
Devoro!
Destruo sua existência
Entrego-me a ultima decadência!
Completando o ciclo
Dessa forma me torno um de vocês...
Um Mutante...