Mutante

Meu mundo

Um casulo solitário

Preso numa árvore morta

De galhos secos

Entregue a própria sorte,

Vou abrindo os olhos

E aos poucos sugando toda a seiva deste hospedeiro

Infeliz derradeiro

Quando tudo parece morto

Eu me abrigo em seu interior

Lutando contra vermes e moribundos

Que só existem para mim

Mas este não é o fim!

O tempo passa e o frágil ser evolui

Engole pragas e se constitui!

A cada ação uma reação em cadeia

Vão me cercando e prendo-me em sua teia

Tolas criaturas sem coração

Não sabem que as verdadeiras iscas são elas

Moscas pousadas na minha destruição

Engulo!

Devoro!

Destruo sua existência

Entrego-me a ultima decadência!

Completando o ciclo

Dessa forma me torno um de vocês...

Um Mutante...

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 15/08/2011
Reeditado em 02/12/2016
Código do texto: T3162282
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